Estou
incumbida de escrever uma peça de teatro. Uma versão da história
da corochinha.
Mas
só me ocorrem ideias muito hardcore cenas do tipo :
Era
uma vez uma carochinha desleixada nunca tinha namorado na vida e toda
a gente na aldeia, sempre deu o caso como perdido. Era uma verdadeira
encalhada, haveria de morrer virgem e, com alguma sorte, ser
beatificada. Mas eis que, de repente, um dia ao varrer o chão
encontrou um euro e foi compar uma raspadinha e sem nada que o
fizesse prever, sairam-lhe 50 mileuros, e o que é que gaja resolve
fazer???? Casar!!!! Estúpida em vez de viajar conhecer o mundo,
comprar um t2, abrir um negócio... não. Ela quis casar!
Tratou
logo de pôr um anuncio no jornal: " Carochinha atraente procura
companheiro para a ramboia e quem sabe talvez casar em regime de
separação de bens "
E
então depois de muito rodada de experimentar uma vida com o boi, com
o gato , com cão com um cavalo, com um pato com o galo, e até com
um homem perdão um burro. Eis que finalmente aparece o João ratão,
um dealer muito simpático, que lhe arranjou um rodízio de haxixe,
cocaína e pastilhas de LSD pra combater a depressão que vivia por
não conseguir estabilidade emocional.
Acontece que se apaixonaram, mas ele resolve morrer no dia do
casamento porque descobre que ela ainda andava enrolada com o Grilo
falante. João Ratão mata-se com o desgosto atirando-se de cabeça
para uma panela de caldo verde com torinha. A carochinha fica
arrependida por ter traído o
grande amor da vida dela e resolve criar uma associação de apoio a
viúvas fazendo palestras motivacionais sobre o tema : mais vale um
rato mão do que um no caldeirão.
Decididamente hoje não é dia de escrever peças infantis