Aquele cliché que nos faz dizer "A vida muda quando temos um filho".
É mesmo assim a vida passa a ter outro sentido. O mundo nunca mais volta a ser o mesmo. Sei que para muitos nada muda ou melhor muda, mas não se tornam melhores pessoas.
Desde que sou mãe sinto que sou melhor pessoa, existe em mim a responsabilidade de educar uma criança, que um dia será um homem e é essa a minha forma de deixar o mundo um bocadinho melhor. Educar um filho é a maior experiência de vida que podemos ter, o amor que sentimos a instalar-se e a ocupar o coração é um amor infinito forte e único. Olho para o meu filho e vejo como o tempo passou a correr. Ainda ontem usava fralda, e gatinhava, hoje já tem quase seis anos e fala-me de futebol. Todos os dias ouço " tens um filho muito querido" e fico orgulhosa, claro que nem sempre as coisas correm bem, ele também faz birras é parvo e põe-me cega de nervos e arregalo-lhe os olhos e fico cansada de o aturar. Mas olho para a frente e já morro de saudades dele em todas as fases que passaram. Sei que o tempo passa rápido e cada dia que passa é um dia mais perto de ele se fazer à vida, de crescer, de ganhar formar a personalidade, de querer sair à noite, de ter namoradas, de ser dono dele . E sinto já um frio no estômago. Por isso mesmo, agarro-me às coisas pequenas. Fico a olhar para ele a dormir, escrevo todas as nossas conversas, guardo todos os desenhos, gravo tudo para um dia, quando ele for um adolescente estúpido e parvo, lhe esfregar tudo nos olhos e lhe lembrar que foi uma criança feliz e querida.
O meu filho é a melhor maravilha do mundo inteiro. Agora ainda sinto que é meu, mas um dia será do mundo. Agora ainda me deixa agarra-lo e cobri-lo de beijos , eu sou doida é certo e como tal sofro por antecipação e sei que um dia não vai ter paciência para estes mimos ( ou então até vai) mas serão estas as melhores memórias da infância. Sinto o tempo a passar demasiado depressa gostava de ter um qualquer botão para carregar e fazer uma pausa e vê-lo crescer devagarinho, gostava de voltar atrás e voltar a repetir a fase em que gatinhava em que se babava todo, em que dizia as primeiras palavras os primeiros passos.
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Ai